Abraço...
Rodopiam-me as
letras na cabeça
Martelam...tresloucadas
e sofrêgasDançam valsas metafóricas
Correm, saltam, embatem...
Aguardam por ti...
as letras
Como eu aguardo
Na ansiedade de No silêncio da noite
Chegares mansamente
Como sempre chegas...
Com a ternura
numa mão
E a alma na outra
Que vais
desenovelando...O suave perfume das hortências
Que exalas, colado a ti
Apesar de distâncias ilusórias
Bálsamo de almas perdidas
Ou recordações de vidas passadas...
Os teus sonhos
Que entram nos
meus
Os meus sonhos
que Perpassam os teus
O calor de ti
Que ecoa numa voz
pressentida
Em abraços...
apertados
e... como te
sinto...Então...
Quando as letras percebem
A tua doce presença
Acalmam-se, descansam...
ajeitam-se, alinham-se..
e... sozinhas
Inebriadas pelo teu perfume
formam palavras
Compôem poemas
depois de me terem passado no coração
de onde levam um pedacinho
Porque eu não escrevo poemas
As letras escrevem-nos por mim...
A ti...
Paulo Lemos
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