sábado, 23 de junho de 2012

Do alto





Do alto



Retomo o esplêndido e iluminado rumo
no exacto ponto em que dele me desviei
Reflicto no recôndito da minha alma
onde as intepestivas respostas aguardavam
pela calmaria eminente que se adivinhava
na brandura do coração resplandecente

O tempo ressequiu-se da espera insolente
a que inadvertidamente o tinha sujeitado
Imagino que o tempo precise de tempo
para se tornar a humedecer nas emoções
emergentes no brilho da nítida claridade

Agora, do alto do patamar a que desci
volto a recuperar o esqueleto de mim
E... enquanto olho placidamente para
as sombras do mundo onde vivi
volto a respirar livremente nas rebeldes
estrias que a alma tão sabiamente havia
ocultado... a que retornarei quando a
humidade do tempo lhe confira de novo
a maleabilidade que contorna os corações
emperdenidos pelo medo...




Paulo Lemos

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