quarta-feira, 20 de junho de 2012

O cais






O cais


O amor não escolhe o tempo
Esconde-se nele... vai com o vento
Na corrente e na maré
Mas encontra sempre um cais

Outros cais ficam para trás
Pois eram apenas escalas
Para o barco tomar folêgo
E o seu Norte encontrar

E o vento brinca com o tempo
E a maré brinca com o vento
Pois apenas a maré sabe
Para onde levar o vento
E qual será o tempo
De chegar a outro cais

Todo o barco tem destino
Por mais perdido pareça
Nunca navega sem rumo
E na rota sempre acerta

O amor não escolhe o tempo
E se veio neste vento
Que esta maré empurrou
É porque agora é o tempo
De atracar neste cais

No seu corpo se perder
Junto a ele amanhecer
Em olhares enternecer
Em beijos enlouquecer
e... amar...cada vez mais...

Paulo Lemos

Sem comentários:

Enviar um comentário