quarta-feira, 20 de junho de 2012

Simplicidade a mar






Simplicidade a mar


Os passos que parecem perdidos
Livres... sem destino
A minha mäo perdida na tua
O silêncio nas palavras caladas
Que apenas nos brilham no olhar

As flores de lis que deixam o
cheiro escapar... dançando
Que nos brinca nas narinas
Como cocégas e nos devolve o
rir de quando crianças

O tempo pasmado... ali
Ainda sem perceber como
foi sendo enganado
Nem o tempo sabia ainda
que o amor o engana sempre

Tu.. nos teus passinhos que
Acompanham os meus
Os teus pés parecendo
Que brincam com a calçada
Enquanto os dedos te dançam
na palma da minha mão

E... nem precisamos falar
Para quê as palavras
Se elas nao cabem nas borboletas
azuis que... nos seus bailados
Nos trazem pontinhos de luz
Que te largam nos olhos

Na nitidez do sorriso
Onde o teu rosto emudece
E  cabe toda essa ternura
Que te escorre para as mãos
Que se perdem nas minhas

Os teus lábios  entreabertos
Onde se adivinha a sede
Que matas nos meus
A tua mão na minha
Com a força de quem não pode
largar o instante... só nosso
no meio de tanta gente...

Só preciso abraçar-te
O teu corpo junto ao meu

E nada mais é urgente
Para saberes que é amor
O que nos queima a pele
Nesse teu sorrir sereno
E te descansa no olhar

E percebemos que um momento
dura para sempre
na paz de uma eternidade
Que há tanto  pressentimos
quando chamavas por mim
E eu te escutava... Mesmo sem o saber.

Paulo Lemos

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