segunda-feira, 9 de julho de 2012

Horizontes



Horizontes

vagueias em horizontes
entranhados na minha memória
onde outrora sentia um chão
árido de sentidos enclausurados
em contundentes recordações
miríade de 
pardas emoções

regozijo nos silêncios concedidos
lua de pérolas azuis... lantejoulas
brilham nas noites alcandoradas

revejo silêncios infinitos
onde a abundância de palavras
caladas pela escuridão latente
desenovelam verbos antigos
de amar

e vens recordar-me hesitante
o tempo do verbo calado
o renascer primaveril das folhas
a essência da existência
que habita a palavra não dita
pela noite tardia...

Paulo Lemos

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