Limiares
pressentias que um dia
o vértice que une o passado
e o futuro deixaria escapar
pelas fendas da memória
os demónios que mantinhas
ocultos
trazem-te a nostalgia oblíqua
de passos antigos
apodrecidos nas cancelas dos
limiares obscurecidos pelo gosto
do fel que te arranha
ainda a língua
nesse vértice clamariam pelo
sabor adocicado que se te
eleva do coração e te conduz a
semicerrar os olhos em ânsias
e tremuras que havias enterrado
urge encetar a libertação dos fantasmas
demônios agoirentos de uma escuridão
que outrora te cobriu
a paz reclama-te numa imensidão
luminosa que há muito pressentias
chamaria por ti quando o tempo
acertasse com a luz coada
do lugar de descanso...onde
apaixonada te deitarias para
finalmente abrir os olhos para
a luz que o teu coração acendeu
iluminar o universo que agora
também é meu...
Paulo Lemos
Bem...perco-me sempre nestas esquinas do tempo...do passado...do presente...do futuro...que são tuas...minhas...nossas...!!!
ResponderEliminarBeijo
Tigeleiro