Amanhecer
nasceste do ventre da noite
do tempo dos silêncios conturbados
voaste nas palavras feitas minhas
escritas no vento da dor
quando o meu tempo se extinguia
trazias a luz do luar
pendurada em dores distantes
fragmentos de um tempo esquecido
que as palavras no silêncio
iam largando na escuridão
foi a luz despertando
alagando como um raio
que crescia feito amor
e iluminava o silêncio
das palavras feitas poema
da noite fez-se dia
de mil sóis iluminada
sopro do amanhecer
cumprindo a profecia das estrelas
nas vozes caladas dos céus
nos sedosos silêncios brilhando
o som de um outro amor
há muito audível nos murmúrios do mar
onde as estrelas. descansam a luz
e nós descansamos a voz
enquanto ressoam os sinos
dos corações há tanto calados...
Paulo Lemos
Maravilhoso este recando...observado por ti...mais uma vez vejo poesia...Obrigada por nos fazeres sorrir de felicidade e puro encanto.
ResponderEliminarBeijo
Tigeleiro