Cidades perdidas
Sabias a limpidez do tempo, desde que escutaras o murmúrio da brisa
de verão nas folhagens, ou quando, rente ao mar, adormecias nos reflexos
prateados do luar, embalada pela dança mágica das vagas. E nas tardes amenas em que o sol te afagava
suavemente a pele e fechavas os olhos, enquanto os sonhos te alagavam de uma
agradável dormência. Aprendeste, com os pássaros que vinham de
sul, as estórias que te segredaram ao ouvido, dos lugares que tinham um tempo
próprio e limpo, que haveria de se tornar o teu. Quando, por fim, o teu tempo chegou, estavas
já preparada para o anjo, por quem chamaras há muito, te entregar a chave das
cidades perdidas. Onde irás ocupar o lugar que finalmente o tempo fez teu...
Paulo Lemos
Simplesmente...divino...!
ResponderEliminarBeijo de mar..???Beijo de mar!!!
Julia